Jair Bolsonaro fez discurso no Palácio do Planalto em um evento intitulado A Retomada do Turismo, nessa terça-feira. Falou da pandemia da Covid, de sua vida como titular da cadeira presidencial e também sobre — sem citar diretamente — a intenção do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, impor barreiras comerciais ao Brasil por conta das queimadas na Amazônia. Veja os trechos da fala de Sua Excelência:
“Tudo agora é pandemia. E acabar com esse negócio. Lamento os mortos, lamento, todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. O Sérgio vai morrer um dia, não é Serjão? Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás”.
“A minha vida aqui é uma desgraça. É problema o tempo todo, não tenho paz para absolutamente nada. Não posso mais tomar um caldo de cana na rua, comer um pastel. Assim quando saio vem essa imprensa perturbar. Pegar uma piada que eu faço com o Guaraná Jesus, para tentar me esculhambar”.
“Assistimos há pouco aí, um grande candidato à chefia de Estado dizer que se eu não apagar o fogo da Amazônia, levanta as barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que nós podemos fazer frente à tudo isso? A perda da diplomacia, não dá, não é, Ernesto? Que quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo”.
“Senhores, me desculpem algum exagero, alguma coisa. É um desabafo, porque eu passei 28 anos dentro da Câmara e pedi a Deus para ter uma oportunidade um dia de mudar o Brasil. Eu posso até não mudar, mas eu vou tentar. Não estou preocupado com a minha biografia, se é que eu tenho biografia.”