Depois das festas de Natal e réveillon, quando viajou para a Salvador e Guarujá, o presidente Jair Bolsonaro retomou nessa quinta-feira a rotina de trabalho no Planalto. A primeira cerimônia do ano no palácio foi a troca de comando do pelotão militar da Operação Acolhida, programa de governo sediado em Roraima e criado para acomodar famílias que emigram da Venezuela para o Brasil em decorrência da crise de Nicolás Maduro.
Para uma plateia de aproximadamente 300 presentes ao evento no segundo andar do Planalto, Bolsonaro discursou. Exaltou a importância do Acolhida, fez uma rápida análise de sua eleição para a Presidência da República, relembrou seu ingresso no Exército e sua passagem pela Câmara Federal, com 28 anos como Deputado. E, por fim, direcionou sua fala para atacar a imprensa e os jornalistas.
Disse que a mídia não destaca fatos positivos de sua gestão e que sempre usa mentiras para referir-se a sua família e pessoas ligadas a ele, Bolsonaro. Desqualificou o livro escrito pela jornalista Thaís Oyama que aborda seu primeiro ano à frente do governo. Pela manhã, ao sair do Palácio Alvorada, o presidente disse a uma repórter que calasse a boca.
A FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, por meio de sua presidente Maria José Braga, rebateu as críticas de Jair Bolsonaro alertando que há uma permanente ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e à integridade física e moral dos profissionais de comunicação. E que, segundo levantamento, ele agrediu publicamente a imprensa 121 vezes no ano passado.