O presidente Jair Bolsonaro assinou Medida Provisória que determina mudanças na estrutura de poder no funcionamento de seu governo. Uma delas refere-se à demarcação de terras indígenas e de quilombolas que, doravante, ficarão a cargo da ministra Teresa Cristina, da Agricultura, e não mais de Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Parlamentares da oposição criticam a decisão ao lembrar que há dias o Congresso derrubou medida presidencial idêntica, agora reeditada.
Outra modificação: as atribuições do ministro Onyx Lorenzzoni, da Casa Civil. O general Luiz Eduardo Ramos deixará o Comando do Exército do Sudeste para assumir a Secretaria de Governo, no lugar de outro quatro-estrelas, Carlos Alberto Santos Cruz, demitido por Jair Bolsonaro na semana passada.
O general Ramos somente assumirá nas próximas semanas, após licenciar-se de suas funções em São Paulo. Ficará sob seu comando a coordenação política, até agora sob responsabilidade de Lorenzzoni. Para Onyx, caberá cuidar do Programa de Parcerias de Investimentos, as PPIs, e a coordenação da Presidência com os órgãos de primeiro escalão.
O general Floriano Peixoto, titular da Secretaria-Geral do Palácio Planalto, ganha novas atribuições. A Sub-Chefia de Assuntos Jurídicos — que trata da correção dos decretos e leis de iniciativa do governo — ficará sob sua guarda. E também o Departamento de Imprensa Nacional, que edita e publica o Diário Oficial da União.