O Ministério das Relações Exteriores abriu os salões para comemorar nessa sexta-feita feira o Dia do Diplomata. É festa tradicional, que reúne jovens que chegam à carreira do Itamarati e ocasião em que se entrega a Medalha do Mérito do Barão do Rio Branco a várias personalidades do Brasil e estrangeiras.
O chanceler Ernesto Araújo comandou o evento, prestigiado com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Da lista de agraciados estavam os generais Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Floriano Peixoto, além de ministros de Estado e outras figuras do alto-escalão do governo.
Além dos filhos do presidente da República — o senador Flávio e o deputado Eduardo Bolsonaro –, também foram homenageados o embaixador de Israel, Yossi Shelley, e o governador do Distrito Federal. Ibaneis Rocha. Olavo de Carvalho, ideólogo de extrema direita radicado nos Estados Unidos, também estava na lista de merecedores da Medalha do Rio Branco, porém não compareceu.
Foram vários os discursos, entre eles do ministro Ernesto Araújo, que chegou às lágrimas por duas vezes. Agradeceu à família, aconselhou aos jovens formandos do Instituo Rio Branco e falou do momento atual no cenário internacional: — O mundo todo tem olhos voltados para a Venezuela, porque ali se dá um combate entre a democracia e a repressão.
A patrona escolhida pela turma dos novos diplomatas foi a brasileira Aracy Guimarães Rosa — mulher do embaixador e escritor João Guimarães Rosa — que, durante a Segunda Guerra, assim como Oskar Schindler, salvou vários judeus caçados por Adolf Hitler e, devido esse feito, tornou-se celebridade em Israel.
Em seu discurso, Bolsonaro disse também de sua preocupação com a possível volta ao poder de Cristina Kirchner na Argetina. Em entrevista no fim do evento, o presidente Jair Bolsonaro saudou os diplomatas dizendo que eles evitam que o País entre em guerra e “quando acaba a saliva, entra a pólvora. Não queremos isso. Temos que tentar a solução dos conflitos de forma pacífica”.