Após a trégua, na sexta-feira, dos treze candidatos a presidente da República, por conta do atentado a Jair Bolsonaro, chegou a hora de retomar a batalha pelo voto. Os representantes dos concorrentes ao Palácio do Planalto tiveram reunião, em Brasília, com o Diretor-Geral da Polícia Federal, Rogério Galoro, para readequar a segurança das campanhas.
Bolsonaro, que lidera as pesquisas da corrida presidencial, continua internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, recuperando-se dos golpes a faca que sofreu quando fazia campanha nas ruas de Juiz de Fora. Após a cirurgia para reparar as perfurações no intestino, apresenta bom estado de saúde. E até deu alguns passos, auxiliado pelos médicos. Para tranquilizar a militância, divulgou uma foto na UTI com o gesto que marca sua campanha.
Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, escolheu São Paulo para retomar sua campanha de rua. Com a proteção dos agentes de segurança da Policia Federal, foi à movimentada Rua 25 de Março, reduto de ambulantes. Lá, reafirmou seu propósito de reduzir o subemprego e desburocratizar a abertura de pequenas empresas. Depois, já no Mercado Municipal da capital paulista, caminhou ao lado de seguidores e posou para fotos. E disse que amor e respeito não podem faltar na política.
Ciro Gomes prioriza o Nordeste como destino. Começou o dia no Ceará, seu maior reduto eleitoral. Esteve pela manhã no Crato e em Juazeiro do Norte, terra do Padre Cícero, para carreatas e discursos. À tarde, já na Paraíba, fez corpo-a-corpo no Açude Epitácio Pessoal, na Vila de Boqueirão, no Rio São Francisco. Fez discurso e deu entrevista. O tema principal que abordou foi a melhoria, em seu governo, do SUS-Sistema Único de Saúde. Voou para São Paulo. Afinal, não quer descuidar do maior colégio de eleitores do Brasil.
Já Geraldo Alckmin viajou para Santa Catarina. Em Criciúma, visitou uma feira de turismo acompanhado de tucanos. Aproveitou o tema da festa para destacar seu plano para atrair visitantes estrangeiros para desfrutar as belezas naturais do Brasil. Em Florianópolis, dividiu a mesa de almoço na Feira Nacional da Ostra com adeptos de sua candidatura. Fernando Haddad não para, mesmo com o impasse da questão Lula candidato ou não. Não perdeu tempo, foi fazer campanha no Bairro Cantinho do Céu, na Zona Sul de São Paulo, em companhia dos candidatos do PT ao Senado Eduardo Suplicy e ao governo do estado Luiz Marinho.
Henrique Meirelles, do MDB, participou de carreata em sua terra natal, Goiás. Ao lado do ex-governador Iris Resende, atual prefeito de Goiânia, e de Daniel Vilela, que disputa o governo do estado, desfilou em carro aberto pelas ruas da cidade de Aparecida. Falou de seu plano de saneamento, de uma política contra o desperdício de alimentos, do aumento da renda, da criação de empregos, do crescimento da economia.
Álvaro Dias e João Amoedo estiveram em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Álvaro saiu pela cidade com os candidatos do Podemos ao Senado e ao governo, Beto Figueiró e o Juiz Odilon. Pregou a harmonia na campanha e defendeu, como tem feito em todas as ocasiões, a moralidade na política. Amoêdo botou foco nos estados do Centro-Oeste. Começou o dia em Campo Grande e depois viajou para Goiás. Falou aos colegas do Novo o mesmo que publicou nas redes sociais do partido, protestando contra a não participação do debate entre presidenciáveis na TV Gazeta nesse domingo à noite.
Guilherme Boulos também ficou em São Paulo. Foi a um projeto de moradia popular em Heliópolis. Após caminhada com a militância do PSOL, pregou diálogo entre os candidatos para evitar o ódio e a violência, referindo-se ao atentado contra Jair Bolsonaro. Vera Lúcia, do PSTU, participou de ato nas ruas do centro de Osasco. Em entrevista, disse que se for eleita irá estatizar novamente empresas que foram vendidas pelo governo.
Santa Catarina foi também o destino do Democrata Cristão José Maria Eymael. Esteve na cidade de Brusque, onde repetiu as prioridades de seu programa de governo, destacando a criação de escolas especialmente para crianças com deficiência. João Goulart, filho do ex-presidente Jango, é candidato pelo Partido Pátria Livre. Sua pontuação nas pesquisas, assim como Eymael e o Cabo Daciolo, não é uma maravilha. Mas não lhe tira a esperança de vitória e de, se eleito, duplicar o salário mínimo em quatro anos.
Vida que segue…