Segundo as normas do cerimonial público, é obrigatório que a bandeira de fundo verde e tendo ao centro o brasão da República do Brasil — concebida logo depois da queda império — esteja hasteada onde se faça presente o chefe-de-Estado do nosso país.
Em de dezembro de 2009, o mesmo protocolo passou a determinar que nas repartições públicas brasileiras o símbolo do Mercosul seja hasteado ao lado da bandeira do Brasil. Por isto é que em frente aos ministérios, tribunais e palácios os três estandartes estão lado a lado.
O Brasil viveu nos últimos 110 dias situação sui generis. Com seu afastamento temporário do exercício da Presidência, Dilma Rousseff teve de deixar o Palácio do Planalto, onde se localiza o gabinete de trabalho presidencial, e ficou aguardando o resultado definitivo do processo de impeachment no Alvorada.
Durante esse período cumpriu-se rigorosamente a cartilha do cerimonial público, com a inovação de a bandeira presidencial ser hasteada tanto na residência de Dilma, o Alvorada, quanto no local de trabalho de seu vice, Michel Temer, no Planalto.
Porém, com a decisão do Senado em cassar em definitivo o mandato da presidente Dilma Rousseff, a bandeira que anteriormente sinalizava sua presença como chefe-de-Estado, foi recolhida. É só você reparar nas duas fotos que fiz ontem e hoje em frente ao Palácio da Alvorada.
Orlando Brito