À queima-roupa

Soldado da PM de Brasília atira bomba de gás contra grupo de manifestantes que protestava contra as privatizações ostentando a bandeira do Brasil.

O que fascina na profissão de jornalista é estar no “front” na notícia, não interessa qual seja ela. Num dia você pode estar fotografando um chique desfile de moda em São Paulo ou uma bela partida de futebol no Maracanã. Cobrindo uma viagem do presidente no Exterior ou um festival de índios no Xingu. Pode estar em uma matéria com um tranqüilo monge budista ou na linha de frente de um conflito sangrento. E isto já me aconteceu muitas vezes.

Numa terça-feira à noite, cheguei de Foz do Iguaçu. Tinha ido fotografar as plácidas cataratas de águas cristalinas para uma reportagem sobre turismo. Na manhã seguinte já estava na Esplanada dos Ministérios metido nessa tremenda confusão aí: entre os manifestantes que bradavam contra privatizações de empresas públicas e soldados da Polícia Militar.
OrlandoBrito

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