O homem distraído tropeçou na pedra.
O violento da pedra fez uma arma.
O empreendedor a transformou em castelo, edifício, pontes.
O camponês, exausto, sentou-se nela para descansar.
O menino usou o estilingue para atirá-la longe. Ou perto.
Inspirou Lygia Fagundes Telles a escrever Ciranda de Pedra.
Drummond, da pedra, fez poesia.
JK, Niemeyer e Lúcio Costa, com ela, construíram a formosa Brasília.
David utilizou a pedra para derrotar Golias.
E Michelangelo tirou dela a mais bela das obras.
O artista francês Paul Landowski usou a pedra para erigir a bela imagem do Cristo Redentor que, do alto, dos céus, abençoa a majestosa cidade do Rio de Janeiro e abre os braços sobre um Brasil tão sofrido.
Em todos os casos a diferença não estava na pedra. Mas, sim, no ser humano.
E o ano que agora começa é o mesmo para todos: depende somente de nós o que faremos dele?
Impossível apagar de nossas memórias o 2020, que infelicitou milhões de brasileiros, em decorrência de governos ruins e autoridades inadequadas. Na verdade, foi ano que nem deveria ter existido. Até por isto:
Feliz 2021 !!!
Orlando Brito
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