A situação institucional da Venezuela é grave. Muito grave. Nicolás Maduro pode deixar a presidência do país a qualquer momento. De ontem para cá as possibilidades de que ele continue à frente do poder de seu país ficaram muito reduzidas. Juan Gauidó, presidente da Assembleia Nacional foi empossado paralelamente como novo presidente.
O problema chega a um impasse que pode ter desfecho a qualquer momento. Ainda mais agora que várias nações — em torno de 15, a começar pelo Brasil e Estados Unidos — emitiram nota de apoio à saída de Nicolás Maduro. Até Mesmo a OEA-Organização dos Estados Americanos se manifestou contra sua permanência na presidência da Venezuela. Em sua defesa, a Rússia, Cuba e Turquia.
Conjecturas é o que não faltam para sua saída. Há quem aposte em deposição por parte dissidente das forças armadas sob seu comando, forçado a renunciar, derrubado do Palácio Miraflores pela grande massa popular que está nas ruas liderada por Juan Guaidó. Há quem preveja até uma guerra civil. Forças militares fiéis a Maduro estão nas ruas e os inevitáveis conflitos já renderam pelo menos dez mortos.
A crise venezuelana vem se arrastando há anos, desde a morte de Hugo Chávez e a subida de Maduro. Há violação dos direitos humanos, desabastecimento quase que total de alimentos, desemprego gigantesco, descontrole nos serviços públicos, saúde, segurança, transportes, assistência médica, educação etc. A inflação chega à impressionante cifra de um milhão por cento, e até agora calcula-se que mais de três milhões de pessoas emigraram para outros países.