Brasília vivia há um ano, em 24 de maio de 2017, um dos dias mais tensos de sua história, com confrontos e conflitos entre manifestantes que foram à Esplanada dos Ministérios protestar contra o governo do presidente Michel Temer e forças policiais que foram contê-los.
Em torno de 60 mil manifestantes chegaram ainda pela manhã ao grande gramado do centro da Capital Federal, que une vários ministérios ao Congresso Nacional. Viajaram em torno de 500 ônibus, egressos de diversos estados. Com bandeiras e carros de som de várias centrais sindicais, reivindicavam a não aprovação das reformas da Previdência e exigiam a saída de Temer da presidência.
À medida que as horas foram passando, o clima de tensão foi aumentando. Até que um grupo de ativistas invadiu oito ministérios e promoveu depredações, pichações, incêndios e ataque a funcionários. Foram reprimidos com bombas de efeito moral, gás de pimenta e tiros verdadeiros. Helicópteros e grupos especiais de segurança entraram em ação e houve enfrentamento, com explosões e prisões. Quarenta e nove pessoas ficaram feridas, entre elas oito soldados da PM e um estudante que teve os dedos decepados.
Os soldados da Polícia Militar e da Força Nacional não foram suficientes para conter o clima de quebra-quebra. Então, o Palácio do Planalto divulgou um decreto que autorizava a convocação das Forças Armadas. Somente no começo da noite, o clima de tensão diminuiu.
Manifestação na Esplanada dos Ministérios. Foto Sivanildo Fernandes/ObritoNews
Na Esplanada dos Ministérios, centrais sindicais fazem manifestação
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