Violência e morte estão estampadas nas páginas dos jornais desta segunda-feira, ofuscando as comemorações neste 20 de setembro do aniversário da Revolução Farroupilha.
Uma mulher foi assassinada neste domingo durante um assalto, diante do marido e filho, quando chegava em casa depois de participar das festas de comemorações da Semana Farroupilha. Os criminosos levaram seu carro. Uma jovem foi morta com um tiro em frente a uma boate em Caxias do Sul. Hoje, um jovem de 18 anos é fuzilado com 20 tiros no saguão do Aeroporto Salgado Filho, diante de centenas de passageiros.
Em 2015, foram mortas 5,3 mil pessoas no Rio Grande do Sul, o mais alto índice de mortos das últimas décadas. Só é menor que nos períodos de confronto armado, como na Revolução Farroupilha.
A defensoria do Ministério Público gaúcho diz que houve um aumento de 100% no número de denúncias de violência policial entre janeiro e junho de 2016, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A polícia estaria agindo com mais violência para conter a criminalidade, com resultados inversos ao esperado.
A insegurança diante da violência vem mudando o foco de atividade dos gaúchos. Muitos pecuaristas estão abandonado a produção de ovelhas e bois devido ao roubo destes animais no campo: preferem alugar seus campos para produtores de soja.
Como diz o hino do Rio Grande: “Não basta para ser livre, ser forte, aguerrido e bravo: povo que não tem virtude acaba por ser escravo”