US$ 185 bi investidos no exterior nos governos do PT fazem falta ao país

Possivelmente o agravamento da crise econômica mundial e seus reflexos sobre a economia do Brasil pode explicar a remessa de US$ 185 bilhões feitas por brasileiros exterior entre dezembro de 2008 e 2014.

Como o capital não tem pátria, o Brasil, mesmo dependente de recursos externos, passou à posição de exportador de capital. Dinheiro que se investido aqui poderia gerar negócios, empregos e impostos.

Foi um período de cotação média de R$ 2,06 para cada dólar adquirido no Brasil, o que envolveu um investimento de cerca de R$ 381 bilhões na moeda nacional. Caso hoje todos estes recursos retornassem ao Brasil, pela cotação do atual de R$ 3,60, os investidores receberiam R$ 666 bilhões, um ganho nominal de 74% nestas operações.

O Banco Central (BC) constatou que em 2008 o estoque de capitais de brasileiros no exterior de US$ 209 bilhões pertencia a 13 426 pessoas físicas e 1 805 empresas. Em 2014 tinha investimentos de US$ 394,2 bilhões de 33 169 pessoas físicas e 3 916 empresas.

Até 2008, os brasileiros tinham investido US$ 1,877 bilhões em imóveis. Em 2014, esse valor subiu para US$ 5,7 bilhões. Apenas nos Estados Unidos os brasileiros investiram nos últimos anos US$ 2 bilhões em imóveis.

Estamos deixando de fora o ano de 2015 porque houve um retorno ao país de US$ 6 bilhões aproveitando uma grande desvalorização do real diante do dólar. Também não fazem parte deste estudo do BC os recursos enviados ilegalmente ao exterior ou recebidos lá em moeda estrangeira, como o que já foi apontado pela Operação Lava Jato.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).