O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR/SP), vai deixar a pasta, mesmo que seu partido seja convidado a continuar à frente da pasta no governo Michel Temer.
Antonio Carlos Rodrigues pegou um Ministério dos Transportes de vacas magras, pouco dinheiro e com cortes no orçamento. No governo Dilma, dedicou mais tempo para garantir apoio da bancada do PR à presidente da República, uma vez que viu que havia restrições orçamentárias para novas obras de infraestrutura.
O orçamento de 2016 aprovado no Congresso prevê investimentos de R$ 9,725 bilhões, mas sofreu um contingenciamento de R$ 3,972 bilhões para ajudar o Tesouro Nacional a cumprir a meta de superávit fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto(PIB). O Ministério conseguiu fazer empenhos de R$ 1,3 bilhões para obras que já estavam em andamento e nenhum centavo de obras novas. De janeiro a março, o Ministério dos Transportes pagou apenas R$ 91 milhões das obras concluídas.
O mesmo não pode ser dito dos chamados restos a pagar, que são empenhos de obras executadas em 2015 e anos anteriores , e que portanto, fazem parte de um orçamento paralelo do governo ao que está sendo executado em 2016. De um valor estimado de R$ 12,2 bilhões de restos á pagar já foram pagos em torno de 4,1 bilhões até 31 de março, ultimo dado disponível dos Transportes.