Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje de que o Brasil produziu este ano 13,5 milhões de toneladas de milho, arroz e feijão a menos do que em 2015 trouxe preocupação à equipe econômica sobre dois aspectos: haverá uma maior pressão de altas de preços destes alimentos e um impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB).
A queda da safra e elevação dos preços do milho tem impacto direto sobre toda a cadeia de produção de aves e suínos. Isso afeta o consumidor local e os preços das exportações destes alimentos. Os preços do feijão e do arroz também têm um peso significativo no custo de vida das populações de mais baixa renda. Tudo isso vira inflação e vai exigir um esforço maior da politica monetária do Banco Central
O problema maior da perda de produção vai ocorrer na formação do Produto Interno Bruto (PIB). O setor agrícola era um dos poucos segmentos da economia que vinha contribuindo para o crescimento do PIB. A perda de 13,5 milhões de toneladas de alimentos terá um reflexo grande sobre as expectativas de recuperação da economia e formação do PIB deste ano. É menos transporte, menos produto industrializado e menos impostos recolhidos.
A única vantagem é que com os atuais preços, e se o tempo ajudar, os agricultores estarão estimulados em ampliar a área plantada da próxima safra de verão, que começa em setembro. A oferta mesmo de mais alimentos, só a partir de janeiro de 2017.