Michel Temer deve decidir pela linha Henrique Meirelles de política econômica

Foto: Orlando Brito

Michel Temer deve decidir pela linha Henrique Meirelles de política econômica à frente do Ministério da Fazenda em conversa com o ex-presidente do Banco Central (BC) de Lula hoje à tarde. A única coisa que Temer não fará é o convite formal a Meirelles para ministro da Fazenda, pois não seria adequado, uma vez que não está em suas mãos a caneta presidencial da nomeação.

Temer, depois de ouvir diversos economistas, em especial o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, acha que as idéias do ex-presidente do Banco Central do governo Lula sobre a questão fiscal e de estímulos ao setor privado para retomada dos investimentos são as mais apropriadas no momento para tirar a economia da recessão.

Henrique Meirelles ainda tem um grande capital político junto à banca internacional e o meio empresarial brasileiro da época que esteve a frente do BC. Possui aliados políticos no PSDB, PMDB e do PSD. Teve seu nome lembrado pelo presidente Lula diversas vezes para assumir a Fazenda no governo de Dilma. Só não foi para o posto por querer liberdade na condução da política econômica, um vez que Dilma nunca abriu mão desta atribuição típica do ministro da Fazenda.

Agora Meirelles terá todo o espaço para trabalhar, como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso no governo de Itamar Franco e Antônio Palocci no governo de Lula. Parece um pequeno detalhe, mas é fundamental para que os formuladores da política econômica do governo consigam recuperar a credibilidade junto aos agentes econômicos. Se isso ocorrer, a economia volta a crescer e grande parte dos atuais problemas de arrecadação e desemprego tendem a ser amenizados.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).