Antes do jantar de amanhã, o presidente da República Michel Temer deverá fazer uma longa reunião no Palácio Jaburu com seus ministros e líderes da base aliada no Congresso para definir a estratégia de aprovação da PEC do gasto público, reforma da Previdência Social e alteração do prazo de repatriação de recursos de brasileiros no exterior.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pretende usar bem a oportunidade de conversa de 5 horas com seus colegas de ministérios e da base aliada para esclarecer todas as dúvidas da PEC do teto do gastos.
Henrique Meirelles espera que seja aprovado na próxima semana o texto original da PEC na comissão especial, e depois em plenário, sem alterações. As linhas gerais do projeto de reforma da Previdência também serão avaliadas pelos ministros e deputados.
As equipes dos ministérios da Fazenda e da Casa Civil estão trabalhando para concluir esta semana todos os ajustes na minuta da reforma da Previdência, onde serão explicitadas todas as informações com dados e mensagens justificando a alteração na legislação atual. O governo anunciou que enviaria a reforma ao congresso antes das eleições de outubro, mas os parlamentares dizem que deveria ser enviado na segunda-feira para evitar críticas da oposição ao projeto nas vésperas das eleições.
Assessores da Fazenda dizem que não faz diferença para o mercado se o projeto for enviado na sexta ou segunda-feira. A palavra final será de Michel Temer.
Para Henrique Meirelles, também, não faz diferença se o Congresso alterar o prazo de 31 de outubro para o registro dos recursos de brasileiros no exterior. Com o ingresso destes recursos externos, a Fazenda está estimando arrecadar em impostos cerca de R$ 6,2 bilhões. A mudança da data em nada iria alterar a estimativa de receita. A decisão ficará nas mãos do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia.