O endereçamento das falas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn no Fórum Econômico Mundial de Davos foram aos banqueiros e empresários internacionais interessados em investir na retomada da economia brasileira.
Meirelles e Goldfajn tentaram o tempo todo passar aos governantes mundiais, investidores, e a imprensa internacional a ideia que as medidas de ajuste fiscal adotadas e a nova política monetária do BC deverão colocar o Brasil na rota do crescimento ainda em 2017.
Ilan Goldfajn falou em política monetária em um “novo ritmo”, com a intensidade de redução de juros dependendo da inflação e da atividade econômica. Goldfajn foi mais longe ao dizer que a valorização do dólar, provocada por eventual aumento de juros dos Estados Unidos, não terá impacto sobre a economia. Talvez por acreditar que a inflação no Brasil deverá cair com maior intensidade.
Henrique Meirelles reafirmou a previsão de retomada do crescimento da economia de forma consistente para o segundo semestre. Admitiu fazer uma revisão nas estimativas de crescimento de 1% do PIB em 2017, mas deixou claro que o país vai crescer muito que os 0,2% previstos pelo FMI.
Meirelles defendeu a necessidade da reforma da Previdência e trabalhista para que a economia do Brasil tire mais vantagens competitivas da globalização. Na realidade, há uma expectativa de que o governo consiga aprovar estas duas reformas no congresso, o que de fato ajudaria a equilibrar as contas públicas.
Hoje, mesmo com o teto de gastos, o governo está com um rombo em seu orçamento e não dispõe dos recursos para investir em infraestrutura de portos, estradas e aeroportos. Estes investimentos é que podem ajudar, de forma mais efetiva, a colocar o pais na rota de crescimento. Daí a importância do investidor estrangeiro.