O presidente Michel Temer recebeu autorização do Congresso Nacional para pagar as contas já identificadas e gastar mais do que previsto pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, embora o atual governo diga que pretenda conter despesas.
Com aprovação de um déficit de R$ 170,5 bilhões na nova meta fiscal da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo de Michel Temer está autorizado a gastar R$ 21 bilhões em custeio e abrir mão de R$ 20 bilhões de créditos junto aos Estados.
O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que haverá um teto para os gastos do orçamento da União a partir de 2017 e que este limite só poderá aumentar com a inclusão da inflação nominal do ano anterior.
Desta forma, faz sentido um governo preocupado em cortar despesas em busca do equilíbrio fiscal pedir ao Congresso autorização para gastar mais.
É que se o teto das despesas ficar baixo ao ponto de inviabilizar o funcionamento da máquina pública este ano, se transformará num problema para a partir de 2017 com a nova regra constitucional anunciada por Meirelles.
Há também o fato de que os aliados de Temer nos ministérios precisam trabalhar para suas bases eleitorais em ano de eleições municipais.
Daí porque o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá vinha iniciando conversas com seus colegas de ministério para ver quem precisava de mais dinheiro.
Mendonça Filho do Ministério da Educação pediu a liberação de R$ 6,5 bilhões e o ministro das cidade Bruno Araújo outros RS 340 milhões, entre outros.