O governo anuncia amanhã o déficit primário para 2017, sem saber ao certo o quanto vai poder contar com receitas de empresas estatais privatizadas.
A equipe econômica do ministro da Fazenda Henrique Meirelles acha que só depois de votado o processo de impeachment devem ser anunciadas as empresas que serão privatizadas. É que com um novo cenário de certeza política haveria uma maior valorização dos ativos que serão vendidos.
Um estudo feito em abril pelo departamento das empresas estatais do Ministério do Planejamento a pedido da presidente afastada Dilma Rousseff indicava um potencial de receita de R$ 30 bilhões com a venda de algumas das estatais e participação minoritária que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem em diversas empresas privadas.
O estudo, em poder da Casa Civil da Presidência da República, aponta que grande parte das atuais 160 estatais e suas subsidiárias operam no vermelho, como Eletrobrás, Petrobrás, Infraero e sistema Docas. É com os lucros da CEF, BB e BNDES que o Tesouro Nacional vem cobrindo o rombo destas estatais deficitárias.
O Ministro do Planejamento já definiu que o critério para que uma estatal fique fora da privatização é que seja rentável ou esteja cumprindo alguma função social. As estatais que dão prejuízo e não têm importância na execução das políticas sociais de governo serão privatizadas.