Até o inicio da noite de hoje, o governo ainda tem dúvida se deve enviar amanhã ao Congresso Nacional o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos do Orçamento da União a partir de 2017.
O presidente da República, Michel Temer, convidou para uma conversa agora à noite no Palácio Jaburu o presidente do Senado Renan Calheiros, após este ter dito a jornalistas que medidas polêmicas deveriam ficar para depois da votação definitiva do impeachment. Michel quer conversar mais com Renan: envia a emenda nesta quarta-feira, ou deixa para mais tarde, diante do quadro atual de votação do impeachment de Dilma Rousseff e da cassação do mandato de Eduardo Cunha?
Temer também marcou uma conversa com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a fim de avaliar as forças que o governo teria neste momento no Congresso e para bater o martelo sobre o conteúdo da PEC. Parlamentares da base de sustentação do governo Temer estão sendo consultados sobre as condições de votação da PEC neste mês de junho.
O único pronunciamento oficial do ministério da Fazenda sobre o assunto foi de que a informação de que haveria mudanças nas atuais regras de abono salarial não procede.