Governo espera mais R$25 bi de receita com melhora da economia

Integrantes da equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dizem que deverá ocorrer um adicional de R$ 25 bilhões na arrecadação de tributos devido à recuperação da economia no segundo semestre de 2016. O esforço para obtenção de recursos adicionais com concessões e privatizações cairia quase pela metade.

O otimismo da equipe econômica com o aumento da arrecadação deve-se ao trabalho da Receita Federal de reavaliação da arrecadação dos tributos em função da melhora de dois indicadores econômicos:

Em primeiro lugar, a massa salarial sobre a qual é feita a cobrança do Imposto de Renda (IR) representava 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no começo do ano. Hoje, representa 3,3% do PIB.

Também, a projeção de encolhimento da economia, que era de 3,8% do PIB, caiu para 3,1%. Isso significa que a cobrança de tributos será feita em uma base maior de riqueza produzida pelo país. O PIB nominal com o qual o governo trabalhava no primeiro semestre passou para R$ 6,247 trilhões, um aumento de 0,8%.

Uma parte significativa deste objetivo arrecadatório que envolve R$ 6,8 bilhões deverá ocorrer com arrecadação extraordinária sobre IOF, Cofins, IPI e IR e o esforço de combate a sonegação. Os auditores da Receita Federal terão daqui pra frente um bônus adicional ao salário quando conseguirem cumprir metas de recuperação de tributos sonegados por empresas e pessoas físicas.

Deixe seu comentário
Artigo anteriorPor falar em pedaladas, a bike do Século XIX
Próximo artigoO Robocop de Michel Temer
Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).