Integrantes da equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dizem que deverá ocorrer um adicional de R$ 25 bilhões na arrecadação de tributos devido à recuperação da economia no segundo semestre de 2016. O esforço para obtenção de recursos adicionais com concessões e privatizações cairia quase pela metade.
O otimismo da equipe econômica com o aumento da arrecadação deve-se ao trabalho da Receita Federal de reavaliação da arrecadação dos tributos em função da melhora de dois indicadores econômicos:
Em primeiro lugar, a massa salarial sobre a qual é feita a cobrança do Imposto de Renda (IR) representava 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no começo do ano. Hoje, representa 3,3% do PIB.
Também, a projeção de encolhimento da economia, que era de 3,8% do PIB, caiu para 3,1%. Isso significa que a cobrança de tributos será feita em uma base maior de riqueza produzida pelo país. O PIB nominal com o qual o governo trabalhava no primeiro semestre passou para R$ 6,247 trilhões, um aumento de 0,8%.
Uma parte significativa deste objetivo arrecadatório que envolve R$ 6,8 bilhões deverá ocorrer com arrecadação extraordinária sobre IOF, Cofins, IPI e IR e o esforço de combate a sonegação. Os auditores da Receita Federal terão daqui pra frente um bônus adicional ao salário quando conseguirem cumprir metas de recuperação de tributos sonegados por empresas e pessoas físicas.