A equipe econômica já admite que a aprovação do Projeto de Emenda a Constituição (PEC) sobre o teto dos gastos públicos será uma batalha mais dura do que foi na renegociação das dívidas dos estados.
A audiência de hoje (16) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre o teto do gastos públicos, convocada pela oposição, está sendo vista como positiva pela equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por indicar os argumentos contrários à nova lei, que poderão ser vencidos nas discussões que devem ocorrer até outubro na Câmara Federal. Mansueto de Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, e Marcos Mendes, o chefe da Assessoria Econômica de Meirelles, esperam com esta audiência identificar todos os pontos de resistência para a aprovação da PEC no Senado, coisa que só devem ocorrer a partir de novembro.
Os dois economistas, que são os formuladores da PEC que limita os gastos pelos próximos 20 anos, foram convocados à audiência pública pela presidente da CAE, a senadora Gleisi Hofmann (PT-PR), que trata o governo interino de Michel Temer como golpista.