Não foi só o mercado que ficou surpreso com a queda dos preços dos alimentos apontados pelo Índice de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, que passa de 0,45% em agosto para 0,23% em setembro, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Veio mais abaixo da média esperada pela sazonalidade e se o clima ajudar, pode reduzir a pressão dos preços dos alimentos”, disse a Os Divergentes um especialista em comportamento de preços da equipe econômica.
Para ele, houve ainda um efeito muito positivo com a queda dos preços dos combustíveis, além do recuo de preços de passagens aéreas e ônibus interestaduais. A atividade econômica estagnada, também, ajuda a conter os aumentos dos preços de serviços, onde ainda há uma resistência para a queda da inflação.
Esse resultado deverá influenciar a expectativa mais positiva do IPCA de setembro de 2016 e a inflação do ano deve ficar em torno de 7%, segundo este economista.
Na terça-feira, o diretor de Politica Econômica do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, vai falar com a imprensa sobre o relatório de inflação produzido pela instituição. Os sinais sobre o comportamento da inflação é que vão sinalizar o tempo que será necessário para o início do processo de redução das taxas de juros, uma das condições para a retomada do crescimento da economia em bases sustentáveis.