Mesmo com a redução das taxas de juros e as medias adotadas de estimulo a atividade econômica, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 deve ficar muito próximo a zero, como vem dizendo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A estimativa é de especialistas no assunto que fazem parte da equipe econômica, em conversa reservada com Os Divergentes para não contrariar em público as previsões oficiais mais otimistas de crescimento de 1% do PIB, como tem dito o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Apesar disso, estes economistas apontam três fatores que podem ter algum efeito na retomada do crescimento. São eles: a redução dos juros, que pode impulsionar o crédito para aumentar o consumo e novos investimentos; os reajustes salariais em torno do índice da inflação de 2016, que devem gerar algum ganho real em 2017, aumentando o poder de consumo da população; e a recuperação da produção agrícola, com aumento da oferta de alimentos no mercado interno e exportação.
Mas o nível de desemprego, o endividamento das famílias e o baixo índice de investimento em capital fixo continuam impedindo uma reação mais rápida de recuperação da economia.
A inflação de janeiro, segundo estes economistas, pode vir mais alta do que em dezembro, devido um aumento de preços de alimentos e elevação de tarifas municipais. A tendência, no entanto, é de que fique menor do que no ano passado e muito próxima ao centro da meta de 4,5% fixada pelo Banco Central de 4,5%, especialmente em função do quadro recessivo que vem impedindo que a economia cresça.