O presidente Michel Temer reuniu hoje no Planalto governadores, senadores, deputados e prefeitos para anunciar a criação de um programa social voltado à população de baixa renda, indicando que não está só preocupado com a aprovação da PEC do teto de gasto no Senado Federal.
O governo espera que o Cartão Reforma, criado para aquisição de material de construção destinado à reforma da população com renda mensal inferior a R$ 1.800, seja uma marca de Michel Temer.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, que defendeu ideia junto a Temer, a partir da experiência do governador de Goias, Marcone Perilo, pretendia beneficiar um número maior de famílias. Teve que se contentar com a doação de R$ 500 milhões do Tesouro Nacional, que dá para reformar cerca de 100 mil casas, já que nenhum dos beneficiários poderá receber mais do que R$ 5 mil.
Inicialmente os estudos do Ministério das Cidades previam um subsídio de R$ 3,5 bilhões para atender em torno de 700 mil casas, o que poderia contribuir, também, com a retomada das vendas no comércio e na indústria do setor da construção civil.
Araújo estima que há no país em torno de 3,6 milhões de residências de população de baixa renda que precisam de reforma.
Com o volume dos recursos anunciados hoje, o impacto sobre o setor da construção civil será praticamente insignificante, tendo em vista, ainda, que o Cartão Reforma será destinado a diversas regiões do país.