O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, disse que a instituição vai cobrar apenas 3% de spread bancário nas operações de financiamento de aquisição de ônibus urbanos, uma das mais baixas taxas de intermediação financeira.
O custo final para os empresários que quiserem fazer a renovação das suas frotas de ônibus acabará sendo de 9% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial. Isso porque a fonte de R$ 3 bilhões anunciada hoje pelo Ministro da Cidades para financiar a compra de 10 mil ônibus é do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).
O FGTS precisa receber uma remuneração mínima de de 6% mais a variação da TR. O empréstimo ao comprador de ônibus será de até 10 anos com possibilidade de carência de 12 meses.
A medida, que teve a presença do presidente da República Michel Temer, é para tentar estimular a indústria de autopeças, que teve redução de produção nos últimos devido à recessão.
O setor, que chegou a comercializar 16 mil ônibus urbanos em 2014, produziu até novembro último em torno de 6 200 unidades.
O executivo da Marcopolo José Antônio Fernandes Martins acredita que com a medida anunciada hoje a produção e comercialização de ônibus urbanos poderá voltar ao patamar de 15 a 16 mil ônibus nos anos de 2017 e 2018.
Assista ao vídeo com a entrevista: