Com a normalização da oferta de energia elétrica no mercado interno, o Brasil quer elevar as exportações de termelétricas para o Uruguai e a Argentina em 2017.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, pediu estudos técnicos a fim de elevar as exportações dos atuais 500 megawatts de energia para a Argentina para algo em torno 2 mil megawatts em 2017, incluindo o Uruguai nesta meta. A diferença é que nos novos contratos as usinas brasileiras firmariam um compromisso de entrega de energia firme, ou seja contratos de entrega com prazos maiores do que os atuais. Hoje este tipo de exportação vem ocorrendo em função da ociosidade momentânea de algumas usinas geradoras.
Com a elevação dos níveis dos reservatórios de agua das hidrelétricas e o aumento da oferta de energia de usinas como Belo Monte, a tendência é de atendimento da demanda de energia no mercado interno sem a necessidade das termelétricas, que têm um custo maior de geração.
Coelho Filho espera que esta capacidade ociosa das termoelétricas seja usada para atender a demanda de Argentina e Uruguai. Usinas como a Central de Geração Termoelétrica de Energia Elétrica (CGTEE) podem obter uma receita importante com a exportação de energia. O sistema de transmissão de energia, que são as redes elétricas, também pode obter recursos novos com a operação, sem falar nas divisas que o Brasil poderá obter com este tipo de exportação.