Ainda é cedo para dizer que a economia saiu do buraco. É o que indicam os dados divulgados hoje, de crescimento de 0,2% em novembro pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ou os 0,67% da Fundação Getúlio Vargas.
Os principais fatores que dão sustentação ao crescimento da atividade econômica, a renda das famílias e a formação bruta de capital fixo, investimentos que vão gerar outros negócios e empregos, continuam em queda.
Há ainda o fato de que as duas taxas de crescimento foram comparadas de novembro sobre outubro, quando a metodologia indica que está comparação deve ser com novembro de 2015, o que, no caso do IBC-Br, vai resultar em uma queda de 2% do PIB.
A FGV indica que o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado em 12 meses tem queda de 4% ao longo de 2016.Os setores da economia que mais encolheram foram de transformação (-6,3%); comércio (-6,9%), Formação Bruta de Capital Fixo ( -11,5%) e a de importação (-12,9%).
Para a economia voltar a crescer de forma consistente em 2017 será preciso investimento no setor produtivo, em infraestrutura e na geração de empregos para aumentar a massa salarial do país. O cenário de redução das taxas de juros pelo Banco Central ajuda muito, mas os empresários só vão voltar a investir no momento que estiverem seguros sobre a recuperação da economia e existência de um poder de compra do consumidor.