Almir Pazzianotto

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A Casa de Orates

Basta acompanhar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, para se constatar em tempo real, pela televisão, a doidice de alguns senadores

Os mortos e o narcisista

Passamos pelo constrangimento de assistir a irracional transferência do problema da esfera científica para a arena política. Arbitrário e narcisista, o presidente Jair Bolsonaro ignorou que a União é fruto de pacto federativo celebrado entre Estados membros e Municípios, para tentar assumir, com exclusividade, não só a coordenação, como a decretação e execução de medidas de combate à pandemia

A chaga aberta do trabalho infantil

A exploração do trabalho de adolescentes e crianças compromete o Brasil, 9ª ou 10ª economia do planeta, cuja trintenária Constituição fracassou no que concerne à proteção aos direitos humanos, ao amparo à família, à criança, ao adolescente, ao jovem e ao idoso

Henrique Duffles Teixeira Lott, o soldado absoluto

O Marechal Lott dedicou a vida às Forças Armadas. Ao passar para a reserva era proprietário de casa em Teresópolis, apartamento no Rio de Janeiro e Volkswagen 1960. Adepto intransigente dos princípios da hierarquia e disciplina, como Ministro da Guerra deu exemplos de rara coragem

A CPI do presidente Bolsonaro

Declarações gravadas, depoimentos testemunhais, documentos, material publicado pela imprensa, levarão os membros da CPI a reconhecer aquilo que é do conhecimento universal: o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello contribuíram para o avanço da pandemia, o aumento de mortos e de infectados, as dificuldades da vacinação em massa. Incidiram, portanto, em crime de responsabilidade

A CPI dos mortos e infectados

Em benefício da objetividade dos trabalhos, o Regimento Interno deveria ser reformado e limitar o número de senadores com o direito de interpelar. O histórico das comissões de inquérito revela ser momento propício para que o baixo clero se inscreva, desejoso de aparecer em rede nacional

A CPI da pandemia e a Constituição

somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, como ordena o artigo 5º da Constituição de 1988. Não há, portanto, motivo jurídico ou político para alguns deterem odioso privilégio de se recusar a testemunhar sobre fatos que não podem desconhecer, por serem inerentes ao exercício do cargo ocupado

O dilema da CPI da pandemia

Os depoimentos iniciais tomados dos ex-Ministros da Saúde Henrique Mandetta e Nelson Teich, e do atual Ministro Marcelo Queiroga revelam que o ponto fraco do inquérito está entre senadoras e senadores. Indicam elevado grau de despreparo. Demonstram não compreender a relevância da tarefa de que estão investidos pelos respectivos partidos, como tomadores de depoimentos de altas autoridades. Resolveram jogar para a plateia e fazer da CPI palanque para discursos estéreis, enfadonhos e de discussões acaloradas

Passou despercebido o 1º. de Maio, Dia do Trabalho

O governo Bolsonaro não tem interlocução com os trabalhadores. Falta-lhe, ademais, canal específico de comunicação. Quem faz as vezes do extinto Ministério do Trabalho é o Ministério da Economia, comandado pelo burocrata economista Paulo Guedes, para quem o Brasil está quebrado