A candidatura Geraldo Alckmin continua ladeira abaixo, embora na mídia pareça que nada está acontecendo. Está a caminho a perda do apoio de um aliado histórico do PSDB, o DEM. Seus principais líderes consideram que a candidatura do tucano não vai decolar. Por isso, buscam um candidato que represente o futuro. Neste contexto, estão adiantadas as conversas com Ciro Gomes, candidato do PDT.
Seus principais dirigentes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; o prefeito de Salvador, ACM Neto; o ex-presidente do partido senador José Agripino estão fechados com o trabalhista. O líder nas pesquisas para o governo de Goiás, senador Ronaldo Caiado, está a um passo de acertar os ponteiros. O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, um dos líderes nas pesquisas para governador do Mato Grosso já fechou com Ciro.
Numa outra ponta, lideranças regionais do DEM já aderiram à campanha de Jair Bolsonaro. Mas a mídia prefere cantar em prosa e verso a possibilidade do ex-ministro de Temer, deputado Mendonça Filho (PE) vir a ser o vice de Alckmin.
O desespero tomou conta da candidatura tucana. Não se sabe mais, por exemplo, qual sua posição em relação ao MDB. Num dia o partido do presidente Michel Temer é rejeitado. No outro, seu pré candidato, Henrique Meirelles, é apontado como o vice ideal da chapa do PSDB.
Ao contrário de outros candidatos, em situações semelhantes, não há críticas a esta conduta no cravo e na ferradura. O tucano está ‘prá lá e prá cá’. Alckmin se beneficia da força do hábito e, embora sua candidatura não decole nas pesquisas nem nas articulações, ela continua sendo tratada como se fosse um dos players da eleição presidencial.
Os partidos que integram aquela glostora que a mídia chama de Centrão já deram praticamente adeus a Alckmin.
Nos estados, os líderes do PP, do DEM e do PR, já foram para o lado que lhes convém nas eleições regionais. O PSDB, por sua fragilidade nos estados, na maioria dos casos não consta dos planos destes caciques. É preciso acrescentar que o partido está em baixa em estados governados por ele, como o Mato Grosso do Sul e o Pará.
Há algum tempo estão adiantadas as negociações com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira. Este, tem dito, para os que se dispõem a ouvi-lo que Ciro Gomes é o candidato mais forte no Nordeste desde que Lula não seja candidato. Como o partido hoje é controlado pelos políticos desta região devemos avaliar que o PP fará coligação com o PDT ou não terá posição nacional.