O PSDB não costuma errar em suas táticas e estratégias políticas. Pelo menos não se ouve comentários, artigos e reportagens sobre o tema na mídia tradicional. O ex-governador Geraldo Alckmin, pelo que leio, é um ‘gênio’ (rs) das articulações eleitorais. Nestes dias, tem feito um movimento ‘sagaz’ (rs) para ter o apoio do MDB à sua candidatura à Presidência da República.
Ele quer o tempo do MDB na TV e no rádio para se vender aos eleitores. Mas não quer o presidente Michel Temer nem a sigla do MDB associados à sua candidatura. A mesma tática usada com o senador Aécio Neves. Ele quer os votos do líder tucano de Minas Gerais e que ele desapareça. Funcionaria assim: o presidente Temer passaria a campanha sendo demolido na televisão pelos candidatos ao Planalto, inclusive o tucano, e se defenderia com notas à imprensa. Por que não pensaram antes nessa ideia ‘genial’ ?
O presidente Temer não vai ser candidato para ganhar (se for), mas para evitar que seja sepultado na lata de lixo da história. Ou incinerado em um lixão qualquer. Se Temer acredita mesmo que fez alguma coisa relevante para o bem do país, deve transmitir sua mensagem à população. Se abdicar de sua candidatura, abdicará de seu governo e de qualquer legado positivo que pretenda deixar. Os estrategistas de Alckmin discordam dessa conduta. Para eles, a tática deve ser a seguinte: se Alckmin ganhar, o presidente ganharia uma sinecura para manter-se a salvo da Justiça. Esses tucanos são ‘safos’ (rs).
O PSDB está aturdido com a crise de sua imagem em São Paulo e no Sul do país. O capitão Jair Bolsonaro está comendo seus votos. Mas o partido acha que vai se recuperar. Mas como? No Rio Grande do Sul, por exemplo, decidiu lançar o ex-prefeito de uma cidade do interior contra a tentativa de reeleição do governador do MDB. ‘Sensacional’ (rs).
Em Santa Catarina, novo exemplo, se prepara para lançar um senador para impedir que outro governador do MDB consiga se reeleger. ‘Demais’ (rs). O MDB desses dois estados sempre cultivou maior identidade com o PSDB do que com seu próprio partido. Qualquer semelhança com a ‘amplitude’ (rs) política do PT é mera coincidência.
São Paulo também pode ser citado como sendo palco de um movimento ‘inteligentíssimo’ (rs) do PSDB. Os tucanos querem que o presidente da FIESP, Paulo Skaf, desista de concorrer ao governo pelo MDB. Sua permanência na corrida eleitoral poderia prejudicar o ‘imbatível’ (rs) candidato do PSDB ao governo paulista.
Mas onde está nossa mídia ‘diligente’ (rs)? Derrotado em sua primeira ofensiva, Alckmin resolveu ser ‘magnânimo’ (rs) e andou declarando que o MDB tem direito a ter um candidato. Agora vai. O MDB foi ‘autorizado’ (rs) a tentar viabilizar a candidatura à reeleição do presidente Temer ou uma candidatura própria, a do ex-ministro Henrique Meirelles.
O PSDB, sob o comando de Alckmin, pulou fora do Ministério de Temer. Agora, vetou que um tucano assumisse a Secretaria-Geral da Presidência. Seu recado ao correligionário: se aceitar peça licença do partido, pois não quero ser visto ao lado deste governo. Isso é que é ‘parceria’ (rs).
Esta atitude do candidato do PSDB, em relação ao governo, o deixou nu. Como poderá se apresentar como um candidato ‘reformista’ (rs), liberal e moderno depois que seu partido ajudou a impedir a reforma da Previdência. Isso é uma espécie de ‘compromisso’ (rs). ‘Mascarado” (rs).
Uma dessas tantas empresa de Consultoria avalia que Alckmin é o candidato com maiores condições de governabilidade. Na votação da reforma da Previdência ele deu uma demonstração de sua ‘liderança’ (rs). Se é que ele é a favor desta reforma, como foi que não conseguiu dobrar metade de sua bancada na Câmara. Eram só 50, na Câmara são 513 deputados. Estes tucanos votaram alinhados com o PT e a esquerda. Isso é ‘firmeza’ (rs).
A estratégia eleitoral do PSDB já está definida. Primeiro: detonar o MDB e ficar com seu tempo de TV. Pode até estar oferecendo grana para a campanha de candidatos a deputado que tem votos na convenção do ‘querido’ (rs) aliado. Segundo: detonar a candidatura do capitão Bolsonaro. Terceiro: torcer para que Lula defina o quanto antes quem será o candidato do PT. Isso permitirá que seus aliados nos jornais e nas TVs tentem desmonta-lo. Quarto: atacar intensamente o candidato do PDT com o objetivo de deixa-lo desequilibrado. Quanto a candidata da Rede, deixa para lá. Estas linhas apressadas poderiam ser pauta da nossa imprensa política ‘investigativa’ (rs).