Em sua delação premiada, Pedro Corrêa, ex-presidente do PP, disse que Geddel Vieira Lima, articulador político do governo Michel Temer, foi quem indicou Delcídio Amaral para a diretoria de Gás e Energia da Petrobras, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. “Não indiquei Delcídio. É mentira”, afirmou Geddel em entrevista à revista Veja. A Os Divergentes, Delcídio conta como foi nomeado diretor da Petrobras:
— Fui indicado pelo Geddel, a pedido do Flavio Derzi, na época deputado pelo PMDB. O senador Jader Barbalho, a quem eu conhecia desde que trabalhei na construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, apoiou a indicação feita por Geddel.
Jader fez mais. Em 1999, como líder do PMDB, era ele quem dava as cartas na CPI dos Bancos. A revista Istoé revelou que o então ministro da Fazenda Pedro Malan estava na sala da presidência do Banco Central quando foi acertada a salvação do banco Marka, do notório Salvatore Alberto Cacciola. Tales Faria e eu trabalhávamos na revista. Jader nos disse que iria convocar Malan.
Um dia, ele me avisa que desistiu da convocação de Malan. E justificou: “O Delcídio vai ser diretor da Petrobras”. O toma lá dá cá de sempre.