Os militares terão alguns dias, talvez semanas, para dar um choque de gestão no Ministério da Saúde, antes de devolvê-lo ao presidente Jair Bolsonaro, que precisa do cargo para contemplar dois segmentos que pleiteiam a Pasta: a comunidade médica ou o Centrão.
Insustentável manter a Saúde por muito tempo sob controle do Exército. Mesmo um médico oriundo das Forças Amadas será de difícil absorção. A tendência é que o ministro interino, general de divisão Eduardo Pazuello, e seus nove fardados tenham um espaço para dar um “ligeirão” na Pasta, antes de devolvê-la organizada, em condições de atender às demandas da crise sanitária que abala o país e o mundo.
O general Pazuello nomeou como seu braço direito o secretário-executivo, coronel Antônio Élcio Franco Filho, e mais nove militares que, nestes últimos dias do ministro Nelson Teich, foram nomeados para os cargos de segundo e terceiro escalões. Feita a reforma, eles voltam aos quartéis e devolvem o controle aos civis, vindos do setor político ou das áreas especializadas. Também poderia ser um misto, como era o caso do deputado Luiz Henrique Mandetta, extraído de uma frente parlamentar, mas com formação na área médica.