O presidente interino Michel Temer esteve hoje com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, mas ainda não ficou convencido sobre a necessidade de contingenciar os gastos de custeio dos ministérios para 2016.
Michel Temer decidirá sobre cortes de gastos a partir de uma avaliação técnica, segundo um dos seus auxiliares. Ou seja: se a Fazenda apresentar um cenário de arrecadação compatível com os R$ 1,077 trilhões esperados, não haverá contingenciamento.
A Receita Federal espera uma recuperação da arrecadação no próximo semestre devido a um pequeno aumento da atividade da indústria. Na mesma linha, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para menos o encolhimento do PIB em 2016 – de 3,8% para 3,3%. O que indica que a economia parou de piorar.
O Planejamento terá que enviar ao Congresso Nacional, até sexta-feira, a programação orçamentária e financeira do próximo bimestre, com as respectivas receitas e despesas. Caso os objetivos não sejam cumpridos como está previsto na meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões, o governo poderá ser sofrer infrações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).