Em nenhum ano, jamais, um primeiro semestre movimentou tanto o noticiário brasileiro como esse de 2016. É raro, muito raro, e grave, por exemplo, o impeachment do Chefe-da-Nação. E também a queda do presidente da Câmara dos Deputados. E foi justamente isto que aconteceu no país. A república ferveu. A democracia resistiu.
Repetindo, nunca mesmo em sua história o Brasil viveu um primeiro semestre tão movimento e importante em sua vida política. Fatos da maior gravidade dominaram a mídia nos primeiros seis meses do presente ano. A começar pelo processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff e, em consequência, a subida de seu vice, Michel Temer ao poder.
A crise tomou conta não somente do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. Atravessou a Praça dos Três Poderes e passou para apreciação dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Personagens do alto escalão da República foram atingidos em cheio por denúncias de corrupção, processos, delações e prisões.
O povo também foi às ruas. Com ele, em um sem fim de manifestações contra e a favor a tudo, o desejo de mudança. Nomes consagrados da politica, da Economia, da Justiça e do empresariado tiveram suas biografias arranhadas. Outros nomes, de certa forma novos, entraram para a história. O juiz Sérgio Moro, do Paraná, por exemplo, é um deles.
O impeachment de Dilma no Congresso. Foto Orlando Brito
No Senado, a admissão do processo contra a presidente. Foto Orlando Brito
Dilma Rousseff: fim da linha com as pedaladas. Foto Orlando Brito
A saída de Dilma do Planalto. Foto Orlando Brito
Dilma Rousseff, ao lado de Lula, fala à militância do PT, em frente a rampa do Planalto, deixa a presidência. Foto Orlando Brito