Os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Nicolás Maduro, da Venezuela, antagonistas ideológicos e arquirrivais políticos na América do Sul, estão no mesmo barco, como lobos solitários na luta internacional contra a pandemia do coronavírus. Os dois foram banidos das redes sociais por postarem mensagens “negacionistas”, como estão sendo qualificados defensores do fim do isolamento social como arma contra a moléstia.
Os dois são os únicos chefes de governos barrados pelas redes. Maduro teve sua nota excluída no Twitter, Instagram e Facebook por causa de uma postagem indicando como remédio uma bebida que, diz sua matéria, curaria a covid-19, sem comprovação científica. Concomitantemente, o presidente brasileiro também foi apagado por causa de um vídeo desqualificando as precauções indicadas pelos médicos, pregando o fim das quarentenas.
As redes tiraram os mandatários do ar. Bolsonaro tem 6,3 milhões de seguidores no Twitter, 12,2 milhõs no Facebook e 15,9 milhões no Instagram. Atualmente, o presidente brasileiro está sendo apontado pela mídia como o “enfant terrible” do negacionismo, exposto à execração mundial. O Palácio do Planalto não tem respondido a essas acusações.