O governo do presidente interino Michel Temer quer agilizar a venda de ativos de estatais, como terrenos, prédios e participação acionária em empresas privadas, para fazer caixa enquanto as privatizações estão sendo definidas.
No caso da venda dos ativos da Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as receitas que vão fazer parte dos dividendos destas empresas ficaram integralmente com o Tesouro Nacional, ajudando a melhorar o resultado das estatais.
Faz parte, ainda, deste esforço a venda do espólio de 50 mil imóveis da extinta Rede Ferroviária Federal. O Planalto quer que a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) faça um esforço maior para vender terrenos da Rede em áreas urbanas mais valorizadas.
Embora não seja um processo de privatização, o resultado para as empresas e o Tesouro Nacional é o mesmo. O governo trabalha com uma meta de déficit primário das estatais de R$ 3 bilhões em 2016, número considerado exagerado pelos quadros técnicos do próprio governo diante do saneamento que vem sendo feito nas empresas e a desmobilização de ativos previstos para este ano.