Depois da renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara, na quinta-feira passada, essa semana também promete ser bem movimenta no Congresso. O número – impreciso, por incrível que pareça – de candidatos à cadeira pode chegar a duas dezenas. Os mais conhecidos e já declarados são Heráclito Fortes, Miro Teixeira, Rogério Rosso, Júlio Delgado, Rodrigo Maia, Beto Mansur, Fernando Giacobo e Marcelo Castro, entre outros.
O presidente interino, Waldir Maranhão, faz mistério e muda de opinião constantemente sobre a data da eleição. A previsão é que seja quinta-feira. Mas pode ser na terça, quarta ou sexta. E isto não é por pura indecisão. Ao contrário, o dia exato do pleito da Casa pode ser decisivo para a complicada situação de Eduardo Cunha porque a Comissão de Justiça deverá, nesse período, apreciar um recurso que determinará seu destino e, dependendo do nome escolhido para comandar a Câmara em seu lugar, isto pode ser determinante para seu futuro.
Os ministros que lidam com o assunto no Palácio do Planalto – Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Moreira Franco – garantem que não moverão uma palha para interferir nesse processo. Será? Ninguém, obviamente, acredita nisso. Mas pode ser. Até porque a previsão é que seja qual for o vencedor, não será obrigatoriamente ruim para o governo de Michel Temer.
Orlando Brito