Há três anos o Brasil pranteava o falecimento do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Ele foi uma das cinco pessoas a bordo de um avião bimotor que decolara do Campo de Marte, em São Paulo, com destino à cidade de Paraty, no Litoral do Rio, onde passaria o fim de semana.
Após meses de trabalho, a perícia concluiu as investigações e pediu seu arquivamento por considerar que a o acidente foi resultado de conduta de elevado risco ao tentar o pouso, já que as condições de voo eram extremamente arriscadas por conta da chuva e da má visibilidade na Baía de Paraty.
A morte aos 68 do magistrado causou consternação não somente no universo familiar, mas também ao mundo jurídico. Surgiram apreensão e dúvidas em torno dos processos que estavam sob sua responsabilidade como relator da Operação Lava-Jato. Era o ministro Teori Zavascki, na Suprema Corte, quem analisava as acusações de autoridades com foro privilegiado, as delações premiadas e os acordos de leniência das empresas envolvidas.
O jurista Alexandre Moraes, então titular do Ministério da Justiça, foi indicado pelo presidente Michel Temer para substituí-lo. E os processos da Operação Lava-Jato sob sua responsabilidade, passaram para a apreciação e análise do ministro Edson Fachin.A estátua da Justiça em frente ao Supremo . Foto Orlando Brito