A mediação de conflitos, atividade regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já é uma nova frente de trabalho para advogados. O mediador pode resolver conflitos em ações que tramitam na Justiça e até mesmo antes de chegar a este processo.
O poder Judiciário estimula o trabalho destes mediadores para tentar reduzir a tramitação de milhares de processos. É que o custo de pessoal e gestão administrativa consome parte das receitas do Judiciário, sem falar nos prejuízos às partes em conflito pela demora na tomada de decisão.
Em um processo de mediação regulamentado pelo Judiciário, as partes saem ganhando pelo tempo economizado e solução de problemas com bom senso. Além de minimizarem os prejuízos econômicos.
Em um momento de radicalizações extremas pelas mídias sociais, o advogado colaborativo mediador Décio Guimarães, está atuando em empresas públicas e privadas para antecipar soluções de conflitos que possam mais tarde virar ações judiciais.
“Um dos graves problemas que muitas entidades enfrentam com seus funcionários, colaboradores e parceiros é a falta de critérios para resolver seus conflitos, razão pela qual muitas vezes se faz necessário a intervenção na via judicial”, disse Décio Guimarães.
Um fenômeno geracional se aprofundou nestes últimos anos, com o advento das novas tecnologias e a disruptura do processo gerencial. “Será preciso, antes de tudo, examinar os diferentes aspectos das gerações que ainda estão no mercado de trabalho, à luz dos estudos sociológicos, psicológicos e, the last, but not de least, o marketing”, diz o advogado.
Se antecipando aos problemas de uma forma negociada, as empresas estão fazendo treinamento para implantar sistema de gerenciamento através da mediação com profissionais qualificados para resolução de conflitos. “A medida serve não somente como método resolutivo e sim como método preventivo com a criação de um sistema de trabalho coletivo capaz de suplantar a eficiência e a rapidez em dar soluções através da utilização da responsabilidade de todos os envolvidos”, diz Guimarães.
Em muitas empresas onde o advogado já está atuando como mediador, profissionais da área de recursos humanos estão contribuindo para formação de uma nova cultura gerencial, menos verticalizada e de maior diálogo entre as chefias e colaboradores.
“Utilizando-se de técnicas e instrumentos de aproximação e empatia, o profissional da gestão de conflitos, via mediação, consegue penetrar nos recônditos caminhos que separam pessoas com nível de conhecimento diferente em uma mesma organização”, explica.