O senador e ex-ministro das Minas e Energia Eduardo Braga (PMDB-AM) foi um dos presentes ao grande jantar do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com senadores esta semana, promovido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em entrevista a Os Divergentes, Eduardo Braga revela que o ministro da Fazenda deixou claro a todos que o país ainda não chegou ao fundo do poço e, portanto, a recessão deve se aprofundar.
Eduardo Braga mostra-se muito preocupado as consequências econômicas do aumento de gastos do governo nesse momento de crise política: “Há uma combinação perversa de queda de arrecadação com aumento do déficit público e pressões por aumentos de gastos”.
Como exemplo de aumentos de gastos recentes por motivações políticas, ele cita: aumento do bolsa família acima do previsto, renegociação das dívidas dos estados e aumentos generalizados para os servidores públicos, além do adiamento do envio ao Congresso do projeto de reforma da Previdência.
Somente na questão da Previdência, Eduardo Braga lembra que ela fechará este ano de 2016 com um déficit próximo de R$ 200 bilhões.
“Os índices de confiança estão melhorando. Mas até quando?. O déficit das contas publicas previsto para o ano que vem pode chegar a R$ 100 bilhões. A capacidade de recuperação da economia está ficando cada vez mais distantes”, alerta o senador.
Peemedebista como o presidente em exercício, Michel Temer, mas tendo sido ministro da presidente afastada, Dilma Rousseff, Eduardo Braga, no entanto, se diz com dificuldades de avaliar se está havendo uso político para aprovar o impeachment. Mas alerta: “Os números não aceitam abusos. E há realmente grandes preocupações.”
São apenas 5 minutos de entrevista. Mas contundentes. Assista.