O ator Alexandre Frota foi eleito em outubro do ano passado deputado federal pelo PSL com 156 mil votos, por São Paulo. É um dos vários parlamentares que tiveram êxito nas urnas em consequência do chamado “efeito Bolsonaro”.
Por ter feito discurso durante a campanha afinado com o agora presidente da República Jair Bolsonaro, Frota foi designado vice-líder do partido na Câmara Federal assim que assumiu o mandato em Brasília.
Porém, no transcorrer do tempo, sua atuação no plenário como figura destacada da sigla tomou outro rumo. Fez críticas à articulação da Planalto com o Congresso, discordou abertamente da indicação do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. E até se absteve de votar no segundo turno da Reforma da Previdência, enviada pelo governo à Câmara.
Segundo consta, foram justamente as críticas de Frota a Jair Bolsonaro — por fincar pé na indicação do filho Eduardo para a embaixada em Washington – que desagradaram em cheio ao presidente.
Como se viu, o deputado Alexandre Frota passou a ser considerado não mais aliado fiel do PSL. E na terça-feira, a pedido da também deputada por São Paulo Carla Zambelli, o partido presidido pelo pernambucano Luciano Bivar decidiu por sua expulsão de suas fileiras, por 9 votos dos 14 integrantes da comissão de ética.
Não se sabe ainda em que partido Alexandre Frota pedirá filiação. Tem convite de várias legendas, inclusive do PSDB. Mas há quem aposte que seu destino será o Democratas.
É só ver nessa foto, por exemplo, a interação que teve com a poderosa ministra da Agricultura, também deputada, do DEM, na sessão de votação do segundo turno da Reforma da Previdência.
Basta saber se Alexandre Frota contará com a concordância de Onix Lorenzoni, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, um dos caciques do DEM, tal e qual o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Será? A conferir, como sempre diz o colega Andrei Meireles, dOs Divergentes.