Repare nessa cena. O casal montou essa barraquinha — aliás um balcãozinho de negócio — aí da foto para vender lanche e almoço a preços bem acessíveis aos transeuntes. Trabalho simples, próprio e classificado como “informal”. O endereço? Fica em Brasília. Bem ao lado do prédio do poderoso Ministério da Economia, o departamento do governo que cuida do bolso dos brasileiros.
Alguns especialistas em Economia afirmam que o emprego está em franco processo de extinção. Não somente no Brasil, mas em todo mundo. E é para valer. Agora é a vez da iniciativa própria.
A nova e moderna ordem mundial tem tecnologia avançada. A crescente automatização dos serviços na indústria e no comércio substitui a mão de obra humana por máquinas, a inteligência artificial, robôs, computadores.
Ainda no campo dos empregos, os concursos para cargos públicos estão cada vez mais reduzidos. É só verificar na diminuição da existência deles pelos governos estaduais e federal. Agora são somente para carreiras e funções bem específicas.
A terceirização é novidade que aumenta a cada dia. E chega para substituir a contratação individual de pessoas por empresas do mercado da iniciativa privada. É óbvio que estas também admitem empregados, mas com regime bem distante do que era com o tradicional e estável “funcionalismo público”, por exemplo
Como bem sabemos, vivemos terrível crise. Financeira, sobretudo. Não há dinheiro, não há trabalho. As ruas do país estão repletas de desempregados. Buscam a sobrevivência nos pedidos de ajuda ou na venda de guloseimas. Chega a ser humilhante na maioria dos casos.
Grande parte da população desistiu de buscar emprego. Há, infelizmente, os que são forçados a partir para a delinquência. Contudo, a grande maioria busca na criatividade a saída para amenizar sua crise pessoal, em iniciativas bem diversificadas e improvisadas. Como o casal da foto e seu balcãozinho de refeições ao lado do Ministério da Fazenda.
Todos na expectativa das reformas econômicas que o governo propõe e que tramitam no Congresso.