O presidente Jair Bolsonaro tinha horário marcado em sua agenda no Palácio do Planalto para receber o Ministro de Negócios Estrangeiros da França, Jean-Yves Le Drian: das 15 horas às 15 e 30, nessa segunda-feira.
Porém, pouco antes do encontro, o diplomata francês foi avisado de que o senhor presidente brasileiro cancelara a audiência.
Logo depois, às 15 horas e 45 minutos, Bolsonaro era visto em sua página “Jair Messias” do Facebook, em transmissão de vídeo ao vivo cortando o cabelo.
Enquanto cuidava da estampa, Bolsonaro entrava em mais um tema polêmico. Comentava sobre a morte de Fernando Santa Cruz. Dizia que o pai do atual o presidente da OAB foi morto pelos companheiros da luta armada durante o período militar.
Ouvido, o chanceler Ernesto Araújo, alegou “questão de agenda” para que o presidente do Brasil não mais recebesse o ministro da França. Um lance raro, algo pouco visto no mundo da diplomacia, nas relações entre as nações e pessoas de boa educação.
Entre os muitos comentários sobre o assunto, está o de Marina Silva, ex-senadora e candidata derrotada por Bolsonaro na eleição do ano passado. Ela disse em sua página no Twitter que “falta ao presidente sentido de dignidade e compostura em relação ao cargo que ocupa”.