O governador do Maranhão, Flavio Dino, entrou na reunião dos governadores com o presidente Michel Temer, agora a pouco no Palácio do Planalto, disposto a argumentar que não vê motivo para o Rio de Janeiro ser privilegiado na renegociação das dívidas dos estados.
“A calamidade pública no Rio de Janeiro não é maior do que a que vivemos no Maranhão depois de 50 anos sob administração do Sarney”, disse Dino, em referência ao ex-presidente da República, ex-governador do Estado e ex-senador Josá Sarney, cuja família dominou a administração local há décadas.
Semana passada, o governador interino do Rio, Francisco Dornelles, declarou estado de calamidade pública a fim de poder receber maior apoio do governo federal para solucionar a situação de insolvências das contas públicas no Estado.
O problema é que a desconfiança geral entre os governadores é que Dornelles fez issso combinado com o Palácio do Planalto.
No Palácio, no entanto, a afirmação geral é que Dornelles tomou a iniciativa por conta própria, atrapalhando as negociações que o presidente em exercício da República, Michel Temer, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vinham mantendo com os demais governadores.
“O Rio de Janeiro puxou a corda e, agora, nós todos vamos atrás”, explicou o vice-governador da Bahia, João Leão, para quem também não deve haver privilégios na negociação.
A disposição do Palácio é de que só haverá entrevista coletiva após o encontro com os governadores se houver algum tipo de acordo.