Um dos principais temas da conversa de hoje entre o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o Presidente da República, Michel Temer, foi o impacto que os reajustes aprovados pela Câmara Federal na semana passada terão sobre as contas da União, Estados e Municípios.
A elevação do teto de salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 33,763 mil para R$ 39,293 mil, dentro do reajuste do Judiciário, Legislativo e Executivo terá um efeito cascata em salários da administração estadual e municipal. É que o salário dos deputados estaduais é fixado em torno de um percentual dos deputados federais, entre outros servidores públicos.
Michel Temer foi alertado sobre o impacto nas contas públicas e o desgaste político do governo junto à opinião pública ontem à noite, pelo líder do governo no Senado Aloysio Nunes (PSDB/SP).
Ficou decido que Aloysio Nunes vai trabalhar para barrar este aumento de teto salarial para o Judiciário e a criação de 14 mil novos cargos na administração pública.
A conclusão é de que não pegou bem para um governo com rombo em suas contas elevar os já elevados salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores, enquanto há no país milhões de desempregados e com perda real de salários.