Joênia Wapichana – Série “Nomes novos do novo Congresso”

Joênia Wapichana no dia de sua posse na Câmara, ao lado de Marina Silva. Foto Orlando Brito

Joênia Batista de Carvalho, de 44 anos, é importante voz e liderança em defesa dos povos indígenas. Já recebeu prêmios importantes. Por exemplo, o de Direitos Humanos da ONU-Organização das Nações Unidas. Após cursar o primário, concluiu o ensino médio e formou-se advogada, em 1997. Adotou o nome de Joênia Wapichana, em homenagem à tribo onde nasceu, em Roraima.

Jôenia Wapichana é um dos 244 nomes novos da Câmara Federal, eleita em outubro com 8.491 votos. Torna-se a primeira mulher indígena a ocupar uma cadeira nos 190 anos de existência do Poder Legislativo do Brasil. O cacique Mario Juruna, da etnia Xavante, foi o primeiro índio a ter uma cadeira de deputado, de 1983 a 1987, pelo PDT de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro.

Ela orgulha-se de ser a primeira índia a formar-se advogada, quinta colocada entre os alunos do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima. E também de ter conquistado o título de Mestre na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Em 2008, ocupou a tribuna do Supremo Tribunal Federal durante o julgamento que definiu a demarcação do Território Indígena Raposa Serra o Sol.

No dia de sua posse na Câmara, Joênia usou cocar de penas coloridas. Ao lado da ex-senadora Marina Silva, ex-candidata a Presidente, foi presença discreta no plenário. Como tem afirmado, usará seu mandato para defender as garantias dos direitos indígenas que a Constituição conferiu em 1988.

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