Com Ilan Goldfjan ou Alexandre Tombini na Presidência do Banco Central, ninguém espera surpresas com as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana: os juros vão continuar onde estão.
Embora o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esteja trabalhando para melhorar o cenário econômico, não houve fatos na economia que justifiquem mudanças nas atuais taxas de juros. O ajuste fiscal está apenas no discurso, em nada ajuda a potencializar a atual política monetária de controle da inflação do BC.
Ao contrário, com a autorização do déficit de R$ 170 bilhões no orçamento de 2016. Isso atrapalha o BC: os recursos que vão circular na economia são obtidos com endividamento público.
Então, o Copom deve manter os juros em 14,25% nesta reunião que começa na terça-feira da próxima semana, mesmo dia que Ilan Goldfajn estará sendo sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Mesmo que Ilan Goldfajn seja aprovado na Comissão e em Plenário do Senado na terça-feira, sua nomeação dependeria de ato do presidente da República publicado no Diário Oficial e assinatura de termo de posse, coisa difícil de ocorrer na quarta-feira a tempo dele poder presidir o Copom.