O presidente eleito Jair Bolsonaro teve dia de capitão reformado. No sábado, compareceu às comemorações do 73o. aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, onde formam-se militares que vão servir na tropa de elite das Forças Armadas. No quartel, confraternizou com antigos amigos. Desfilou ao lado de vários deles, inclusive os generais Augusto Heleno e Fernando Azevedo e Silva, que farão parte do primeiro escalão de seu governo.
Ao fim da cerimônia, deu entrevista. Indagado pelos jornalistas sobre a situação dos imigrantes venezuelanos em Roraima, na fronteira Norte do Brasil, disse que eles não são mercadoria nem objetos para serem devolvidos à sua terra. “Tem gente fugindo da fome e da ditadura, e tem gente também que nós não queremos no Brasil”. E que a Venezuela não é um país democrático.
Disse também que não houve pressão da bancada evangélica no Congresso na indicação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, e que o professor é o nome adequado para a pasta. Sobre os projetos sociais, disse que defende uma auditoria para detectar irregularidades e fraudes. Finalizou lembrando que esses programas, como o Bolsa Família, têm a finalidade de ajudar as pessoas carentes e não torna-las escravas da pobreza. No caminho de volta para sua residência, uma parada numa barraca da Praia da Barra para tomar água de coco.
Nesse domingo, o botafoguense Jair Bolsonaro deve ir ao Estádio de São Januário, no Bairro de São Cristóvão, assistir ao jogo do Vasco da Gama contra o Palmeiras, seu time do coração em São Paulo.
Na sexta-feira, Bolsonaro voou de Brasília para São Paulo, acompanhado da esposa Michelle. Foi ao Hospital Albert Einstein fazer exames que determinem sobre a retirada da bolsa de colostomia que usa em decorrência do atentado a faca que sofreu quando fazia na campanha em Juiz de Fora. Os médicos decidiram que a cirurgia só deverá acontecer em meados de janeiro do ano que vem. Após, portanto, tomar posse na Presidência da República.