Faltando 13 dias para os brasileiros voltarem às urnas para escolher o presidente da República, os candidatos classificados para o segundo turno intensificam suas campanhas. Jair Bolsonaro e Fernando Haddad utilizam todos os espaços de ligação com o eleitor. Publicam posts e fotos nas redes sociais, dão entrevistas, divulgam suas agendas, recebem aliados, falam de si e do adversário na propaganda eleitoral no rádio e televisão e em breve, possivelmente, irão aos debates nas tevês.
Aliás, em 15 unidades da federação, a disputa pelo cargo de governador também está pegando fogo, no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia. Nesse domingo, não somente Haddad e Bolsonaro foram à luta em busca do voto, mas também a militância de todos. De olho nas urnas de 28 de outubro.
Fernando Haddad usou o Twitter para alfinetar Bolsonaro dizendo que “o PT nunca violou o princípio democrático nos anos em que governou o país. Nenhuma instituição democrática foi enfraquecida. Quem tem de explicar o passado é meu adversário que defende a ditadura, que afirmou que a ditadura errou por torturar e não matar”. Esteve com cadeirantes e disse que é fake news ser dono de uma Ferrari.
Jair Bolsonaro mandou bala no Facebook. Lembrou que Guilherme Boulos quis invadir sua residência, no Rio de Janeiro. E que vai propor uma lei tornando crime de terrorismo a invasão de propriedades privadas. Também que ir aos debates com Fernando Haddad, previstos para os próximos dias nas redes de televisão, depende de novas avaliações médicas. E mais. Queria mesmo era debater com Lula, mas este está preso.
Em Brasília, o general Augusto Heleno, cotado para ser ministro da Defesa caso Bolsonaro seja o vencedor em 28 de outubro, liderou na manhã de domingo uma passeata com fãs de seu candidato. A caminhada, dominada pelo verde e amarelo, foi pacífica. Os admiradores de Fernando Haddad não tiveram problema para circular no mesmo local, o Eixão da Asa Norte, usando camisetas com as cores do PT.
Romeu Zema e Antonio Anastasia têm também disputa acirrada em Minas. Zema abriu post: “Desejo um excelente fim de “zemana” a todos os mineiros. E enquanto vocês descansam, eu estou trabalhando para ser seu próximo governador. Vamos limpar a política de Minas”. Antonio Anastasia foi, como sempre, soft. Falou dos 4 eixos resumem suas propostas: “Austeridade, para economizar e dar o exemplo; simplicidade para desburocratizar e facilitar a vida das pessoas; criatividade para buscar alternativas e promover participação popular; credibilidade para atrair mais empresas, gerando mais empregos”.
Em Roraima, onde o eleitorado feminino é maioria nos 331 mil votos, Antonio Denarium e José de Anchieta concentram atenção no voto das mulheres. Denarium diz: “Elas conquistaram e conquistam novos espaços todos os dias. Na nossa campanha, contamos com a força e a competência delas, que também acreditam na mudança. São guerreiras que ajudam”. Anchieta não perdeu tempo. Foi prestigiar a festa de aniversário de 98 anos da senhora Odília, matriarca da família Pereira, em Boa Vista.
No feriadão, sabendo da dificuldade dos turistas transitarem no litoral paulista, João Dória mandou ver: “Já passou da hora de modernizar o sistema de travessia de balsas entre as cidades litorâneas. Em nossa gestão, faremos a concessão e os serviços serão prestados pela iniciativa privada com mais rapidez e qualidade”. Seu concorrente, Márcio França, escolheu outro campo: ”Vamos usar a tecnologia para combater o tráfico de drogas com a instalação de câmeras de vigilância. A aglomeração de viciados em uma região facilita a ação dos traficantes, que passam a dominar o espaço”.
No Rio, Wilson Witzel quer incentivar a pesquisa e iniciação científica nas universidades estaduais, fazendo dela uma prioridade. Eduardo Paes afirma que vai levar para todo o estado um novo conceito de escola, com o programa Ensino Médio do Amanhã. Em Macapá, Davi Alcolumbre diz que nessa eleição apresenta uma proposta de mudança, novo caminho para o Amapá. Waldez Góes, seu opositor, diz o mesmo.
Ibaneis Rocha, candidato a governador do Distrito Federal, diz que “temos que sair da imobilidade e trazer um novo ciclo de desenvolvimento para o Brasília”. Rodrigo Rollemberg, que tenta a reeleição, também vai a campo. Visita feiras populares e dá entrevistas. No Rio do Norte, a disputa não é menor, entre Fátima Bezerra, do PT, e Carlos Eduardo, do PDT. O mesmo acontece em Rondônia, Sergipe, Pernambuco, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Amazonas e Rio Grande do Sul.